Como se pudesse guardar os "seus" num relicário, ela desfruta a vida.
Pulsando para o todo e abandonando a linha que divide uma superfície em duas partes iguais.
Ignorando o seu existir.
Perdendo a sensibilidade para o seu eu.
Buscando o que nunca se viu,
Por onde nunca se andou,
A divícia de seus cofres está no sorriso alheio,
Embora, muitas vezes, seu coração seja partido a posteriores pelos mesmos lábios.
Lábios que não calam a contento,
Que são egoístas em demasia para outrora gracejar.
Na constância do presente há um desejo que a iluminou,
A mudança ecoou entre o ranger dos seus dentes, ameaçando desconjuntar-se e fazendo germinar novos horizontes.
Bru Sousa