Bailarina flutuando entre o espaço dos pássaros,
Desfazendo o rabisco do velho papel amassado.
O vinho na esteira esticada,
O violão com as cordas afinadas.
Corpos suados no mesmo compasso,
Quebrando as horas, contrariando os astros.
Lembrando o lugar,
Revivendo a mais bela e forte memória.
Saudade da bossa nova,
Da nova velha e sempre história.
Enxergando o erro geográfico,
Só resta desejar que o relógio perca seus ponteiros.
Ficando no segredo e partindo sempre com o coração cheio de medo
Observam o despertar,
E no fim ela sempre pergunta enquanto o ouve cantar: Porque há sempre de findar?
Bruna Sousa