segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Onde o vento nos fizer transbordar.

Tal qual um balão solto no ar, estamos sempre perseguindo a direção do vento.
Flutuamos em longos sorrisos,
Valseando beatles e filosofando a pausa que as horas sempre se tornam quando estamos unidos.
Cativando o sentir; é sempre o primeiro instante,
Novas histórias para guardar na memória e fazer de nós a completa indagação do que é ou não o acaso.
E caso ele exista, fez questão de entrelaçar nossa união, tornando necessário reavaliar nossa filosofia.
Do meu olhar pra fora, apenas interessa o nosso momento.
Um silêncio soprando nosso sossego, acalentando a paz que encontro no teu peito.
Tatuando o desejo infinito,
Marcando a pausa da razão, selando sem rodeios onde o vento possa nos levar.
Sempre me deito sem medo e adormeço no meu mais perfeito esconderijo.
E ao acordar, o brilho do teu mar, tal qual como um farol, ilumina meu sorriso.


Bruna Oliveira

sábado, 12 de setembro de 2009

"Éden"

Vou construir uma ponte.
Aquela que me levará até ao mais belo sorriso,
As mais doces lágrimas,
Aos mais imperfeitos prazeres.
Nem mais,
Nem menos.
Apenas um longo pulsar...
Desenhar nuvens no mar,
Colher amoras no deserto,
Saltar da escada,
Fazer amor como um vampiro.
Depois que eu atravessar, peço que não me interrompam.
Será um completo desperdício de intenção, porque daqui por diante não terei hora ou data marcada para voltar do lado de lá...
Bruna Oliveira

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Apenas imensidão.

Apenas imensidão.
Algumas vezes parece um buraco de tão vazio.
As vezes escuro.
Outras, completamente preenchido e colorido.
É frisson, ebulição, contradição.
Mas, diga-me o que não é?
De todas as palavras possíveis de expressar o que se pode sentir, inquietação é o movimento violento que tira-me a direção.
E quando perco a rota é que ressuscito meu espírito.
Familiar trajeto de tudo que sempre fez os meus dias.
Costume e alheio ao desejo.
Bruna Sousa

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sutilmente

A certeza é desnecessária, alheia ao tempo.
Por uma vida inventada, o tempo é desejo.
Dentre todos os poemas rarefeitos, a esperança é descrença disfarçada.
Um dia eleva a calma, doma a alma.
Noutro queima a pele e molesta a fala.
Bruna Sousa

terça-feira, 28 de julho de 2009

Flertando com o tempo.

Não tenho interesse em tamanha insensatez,
Guardo as palavras não ditas e recolho as horas atiradas no trilho deste trem.
Será que ninguém viu que na primeira curva este trem iria descarrilhar?
Ou tentaram me avisar e fechei a alma, dando as costas para o compromisso com minha viagem?

Honestamente,no presente momento o verbo tanto faz.
Porque nos versos de mim mesma fui como um detento da afeição que acreditava interpretar no teu olhar...
Mas, depois de curada a ressaca, passo a ser a charada.
E no meio de todo esse "o que é o que é" quem vai decidir o momento de desfazer o labirinto dos teus pensamentos;Sou eu.

Bruna Sousa.

domingo, 7 de junho de 2009

De todo jeito recompondo o simples.

As folhas caem no outono para renovar,
Mudanças ocorrem para transbordar.

Na palma da mão um caminho.
Distorção não leva ao ninho, desfaz-se em labirinto.

E a confiança se dá pra quem se deu,
Apenas [re]vejo nascendo o que é meu.
Pode até ser paradoxo.
Contradição aparente.[ só aparente].
Alucinante talvez.
Enquanto isso, impulsos mudando.
Contrariando as interrogações.

O que era vazio começa ceder espaço para o novo.
Preenchendo de gosto.

Sem pesadelos contaminando o sorriso e manchando o domínio.

Bruna Oliveira

domingo, 31 de maio de 2009

Intento.

Para que ver a face do poeta?
Identidade é a escrita.
A imagem me toca a arte.


Bruna Oliveira.

domingo, 10 de maio de 2009

Palavras escritas, palavras ditas...

Entre idas e vindas das horas que vagarosamente passavam, eu já sabia que havia um momento marcado para desatar as palavras que em nó estavam dentro de mim.
Que iriamos esvaziar o cilindro de óleo que nos sufocava o respirar.

Dizer em meio a baralhos o que devia ser dito naquele tempo, mas só o hoje permitiu, fez com que um alívio tomasse o posto do carcereiro e as portas abrissem.

Tão perto se faz longe essa estranha sensação de vazio que nos tornamos.
Quase apagados enquanto presença.
Lembranças de uma estória que em algum lugar a gente leu e parece que confundimos com a realidade. Porém, o que penso de tudo que houve, ficou mais neon depois de poder entender os teus reais porquês.

Caminhos distorcidos, carinho permanecido.
Em uníssono nossas últimas palavras.
E eu me pego pensando, lá onde o longe vai...Pode ter uma encruzilhada para esse ponto ter tempo de uma vírgula.
Quem vai saber?

Bruna Oliveira

terça-feira, 28 de abril de 2009

Inconstância

Enlouqueço o medo,
Despedaço o tempo.
Confundo o segredo,
E no fim; rodopio como uma criança.

Bruna Sousa.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Se perco as palavras, sou um nada dentro de mim.

Escrevendo realizo uma profunda jornada dentro de mim.
Limpo o vazio que sufoca e depois corro de volta para o lado de fora.
Porque a cada passo descubro que faz muito calor do lado de cá do que habita em mim.

Chego a ver uma roda gigante descontrolada, desgovernada.
Embora eu prefira ser a impermanência oposta ao habitual, as vezes o coração lateja uma dor de cabeça infernal[ será pulsação ou impulso racional?]

A questão é :a falta do que faz falta.
A falta do acreditar,
Do se entregar,
Do confiar.

Por muito é o que basta permanecer fazendo morada no fundo de mim.

Depois que quebrei o cadeado do meu lar e fui passear em outro silêncio, fiquei sem voz para ecoar o sentimento.

Coloquei cães ferozes protegendo o meu casarão.

Goteja em minha cabeça uma sensação de certeza, ilusão,crença e dúvida.[contraditório não?]
Mas, até uma nova sensação perfurar toda a proteção é assim que florescerá meu abrigo.

Bruna Sousa.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Fluindo.

Vivo o que sinto e não tenho medo disso.
Um dia coração, um dia razão.
Sem a menor intenção de causar profundas inquietações, apenas refletindo minha emoção.

Não quero magoar.
Quero amar.
Não quero ver lágrimas rolarem.
Quero junto sorrir.

Fluir a leveza é a minha opção.
Reconectando a vibração sinto meus pés novamente fora do chão.
A visão das pessoas está apenas destreinada para as sensações.
Recompor a intuição pode ser a metade do caminho.

Bruna Oliveira






quarta-feira, 18 de março de 2009

Deixando que vá.

Ser delicado no espírito pode incriminar a alma?
Entregar-se seria perdição?
Para teus devaneios, respondo categoricamente que não.
É só teu medo acovardando o coração.
E os respingos da tua indecisão flertam com a minha intuição, transformando aquele bom sentimento em decepção.

A falta que a dor faz me intriga...[Acredite.]
É como se o coração não tivesse percebido a confusão,
Mais é a razão que conforta essa reação.
Escolhendo a decisão de não mais desejar a conexão.

E algo sem aparente definição habitou-me a proporção e mesmo causando um tremendo espanto alegrou minha compreensão.
Alívio, parece ser a denominação para essa opção.[ que estranho].
Não querer por perto aquele que faz morada dentro do coração.

Bruna Sousa




sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aquarela.

Quando se perdem os desejos se perdem também as cores.
É como se a vida tivesse sido ceifada e a única coisa aparentemente presente é um corpo, tal qual uma múmia.
Apreciar o nada tem seu valor, portanto delirar diante da explosão do mundo é ressuscitar o desejo.
Gosto do estrago.[ por isso, vivo meus desejos]
Nada de ensejos.
Somos responsáveis por nossa excitação[felicidade] e por nossa desilução e é exatamente onde a confusão está.
Uma fase é separada da outra por uma linha tênue. Tanto faz cuidar do equilibrio, se a linha tiver que ceder, certamente será um rompante.
Por isso,meus desejos estão colorindo os meus olhos, renovando minha fúria,alegrando o meu descontrole[totalmente controlado] emocional.
Acredite na conexão entre desejos, não há força que anule a realização.
Bruna Oliveira

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Paranóia delirante.

É, talvez a consciência não te sirva...
Mas, sinto informar que a minha urra!
Enquanto o respeito entra pela porta da frente, a consideração[que te falta] se joga pela janela que está aberta.
De toda forma o que é o respeito e a consideração?
O que é pra mim, pode não ser cabível a ti...
Por isso, as portas estarão sempre abertas...mas, cuidado ao pisar novamente na terra que rodeia.
Os intervalos podem ter mudado.
Bruna Oliveira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A confiança é a essência da razão.

Mudando a direção,
Talvez na contramão...[ ou não]
Estou aprendendo com a confusão.
Um pedaço não me satisfaz,
Gosto do gosto do inteiro e seus remendos.
Bruna Oliveira

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Desconexo.

Quando aquela que hoje é uma mulher, era apenas uma menina,
Sua razão era dançar ciranda,
Brincar de boneca,
Dedicar-se a gargalhar.
Não existia tempo.
A não ser um horário estabelecido para repousar ,e assim, recarregar suas energias para o dia seguinte, fortalecendo sua tal fase de desenvolvimento.
Mais desenvolver o que?
Incrível como a maioria das coisas que não fossem puramente lúdicas, não faziam o menor sentido.
Hoje o lúdico se escondeu.
O tal desenvolvimento deve tê-lo assustado, porque tudo que a menina que não é mais menina conhecia, tranformou-se em falta de tempo.
Falta tempo para sorrir, amar, ter prazer...
A dedicação transformou-se em obrigação.
Obrigação de ter, de ser, de fazer...
A mulher não sabe ser tão afortunada como a menina foi.
Bruna Sousa

Elixir.

Presente é sentimento sem ventania.
O vento derrubou o castelo que estava sendo construido.
Surgiu desgovernado e sem nenhum aviso.
A maior destruição foi descobrir a fragilidade do coração.Aceitar que enganaram a minha emoção.
O meu saldo é a minha consciência,
Tranquila e serena.
O que eu tinha eu doei.
E assim, fui verdade.
Falsidade é barco furado que não entrarei.
Bruna Sousa

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Um conto.

Ele caminhava em direção à casa da sua .
Ela dobrava a esquina de cabeça baixa contando o troco do seu cigarro.
Trombo perfeito...
Naquele momento eles descobriram que o tempo não tinha os curado de verdade.
Ela nervosa ao levantar a cabeça e perceber que quem estava na sua frente era o homem que ela amou mais do que podia supor ser possível, deixou suas moedas rolarem calçada a baixo.
Ele zonzo do susto, não sabia o que fazer.
Só sentia seu corpo paralisado, o coração querendo rasgar o peito e a boca tão seca que chegava a machucar...
Mas, a perfeição de um olhar bastou para dialogarem.
Foram horas contidas em um único segundo.
Contudo, eles pediram desculpas um ao outro e assim seguiram seus caminhos.[ mais uma vez]
O que eles conversaram com o olhar?
Só o coração deles poderia traduzir.
Palavras que somente o amor houve, entende e sente.
Como diria Da Vinci: Os olhos são as janelas da alma.
Bruna Oliveira

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

É semear.

Essa enxurrada faz latejar.
Vulcão ativo.
Mariposa traiçoeira.
Voa em círculos e como se não bastasse, não vê a luz. [talvez não queira enxergar]
Chorar é grito fácil.
Por favor, alguém pode lhe avisar[ falta- me paciência] o quão cansado os olhos vão ficar e de nada vai adiantar?
Querendo regar a semente, abandona o sal das lágrimas pelo bom adubo da coragem.
Bruna Sousa

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fulgência.

Subterfúgios é o que há.
Transitam de um lado para o outro.
Incendiando o âmago.
Paralisando os pés,
Acorrentando os sonhos.
Esquece- te a força que tens?
Somente ao guerrear conhecerás o sabor do triunfo.
Dentro de lágrimas e suor verás a face do esplendor.
Apruma-te.
Torna-te altivo!
Tempo de cessar os olhos que não desgrudam do pensamento.
Bruna Sousa

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"À noite, Confessos"

O acaso é tão doce,
Surpreendo a minha embriaguês e curo infecção.
Os dias que se tranformaram em anos nos fizeram [me fez] tão bem.
Cultivo o pensamento e quando a terra embebeda-se de toda água e começa a rachar é sempre você que está na distância dos dedos.
Confessei-te até as lágrimas,
As linhas escritas e nunca entregues.
E o que sobrou?
A intensidade do alívio e da descoberta.
De você ouvi [as letras tem som] que sou orgulhosa.
E sorri para manisfestar à questão,
Gosto do meu escudo, sendo o meu mal ou não.
Embora você afirme que ele deva atrapalhar e que eu deveria tratar disto.
Engano seria permitir que meu orgulho fosse minha primeira resposta para o juízo, quanto na verdade é minha bola de cristal revelando o factual.
Remédio para o último diagnóstico[compreendes?]
No fim da noite, tinha a sensação de pluma.
Não importava mais nos versos a barreira que era escuridão e iniciou o diálogo.
Você é mágico ou era apenas seu bom humor e disposição de coração esta noite?
A questão é; raros são os que obtém o espaço da recordação,
Os que transformam paixão em amizade,
bons momentos em suave saudade.
Para o riso, o riso.
Para a dor, a dor.
Nem mais e nem menos.
Se não mais acredito na pureza dos que vem, agradeço a sábia pureza dos que permaneceram.
Depois do divã, eu adormeci em êxtase.
Este texto é para JG.
Bruna Sousa

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"À noite, Anônimos"

Meu caro amigo JG, se você não tivesse escrito este texto, certamente eu teria escrito...
Faço das tuas palavras à tradução do meu breve momento.


'À noite, Anônimos'
Eu precisava mesmo de uma injeção de ânimo.
Enlouquecer um pouco, perder o controle, [correr], mergulhar!
Do fundo do poço trouxemos à luz uns segredos que soltamos no ar.
“Não importa o fato de ainda sermos anônimos”.
“Amanhã de manhã vou partir... não sabemos nem como nem onde nem quando nossas histórias distintas [novamente] irão se cruzar”
Restou aproveitar o momento,
Dar um gelo no tempo e se entregar.
Registrar cada gesto e sorriso e beijo e abraços.
Aprender novos passos.
“Eu nem sei dançar!”
“Não importa o fato de ainda sermos anônimos”.
“Eu precisava mesmo perder o controle”.
“De uma injeção de ânimo”.
“Não quero acordar”.
By JG.
Postado por Bruna Sousa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E eu vou lá...

Um horizonte de mudanças está em minhas mãos.
O coração palpita a todo vapor.
Cheiro de livro novo que contém uma estória cheia de surpresas.
Não tenho como prevê o que me espera, o que vou descobrir, sentir, conhecer...
Mas, dou licença para o acaso se manisfetar em minhas novas horas e surpreender o desejo.

Talvez seja bom,talvez não.

Contudo, será renovador.

Tenho a sensação que em meu corpo o sangue deu lugar a ansiedade,

A cabeça virou um cometa.

Confesso que estou com um certo medo transitando entre os meus pensamentos, mas quem em minha vida se faz presente sabe exatamente as razões.

Aliás, quero expressar todo meu amor e gratidão por todos os que me deram carinho, paz e compreensão.

Tenho sorte por ter cada um em minha vida e reconheço o quão importante é para mim a intensidade dos laços que formamos.

Quando eu vou voltar?

Vai depender do tamanho da estrada,

Pode ser que eu canse no meio do caminho ou que a estrada me leve para o infinito.


Quem vai saber?
Uma hora vou ter a resposta, mas até lá a única certeza é que vou rumar.
E como companhia levo na bagagem do meu coração aqueles que eu amo( família e amigos), e toda a disposição possível.

Bem, o cronômetro foi disparado.

Se alguém por mim perguntar, diz que eu fui logo ali conversar comigo mesma.


Deixo meu até breve recheado de saudades.

Bruna Sousa