sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Aquarela.

Quando se perdem os desejos se perdem também as cores.
É como se a vida tivesse sido ceifada e a única coisa aparentemente presente é um corpo, tal qual uma múmia.
Apreciar o nada tem seu valor, portanto delirar diante da explosão do mundo é ressuscitar o desejo.
Gosto do estrago.[ por isso, vivo meus desejos]
Nada de ensejos.
Somos responsáveis por nossa excitação[felicidade] e por nossa desilução e é exatamente onde a confusão está.
Uma fase é separada da outra por uma linha tênue. Tanto faz cuidar do equilibrio, se a linha tiver que ceder, certamente será um rompante.
Por isso,meus desejos estão colorindo os meus olhos, renovando minha fúria,alegrando o meu descontrole[totalmente controlado] emocional.
Acredite na conexão entre desejos, não há força que anule a realização.
Bruna Oliveira

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Paranóia delirante.

É, talvez a consciência não te sirva...
Mas, sinto informar que a minha urra!
Enquanto o respeito entra pela porta da frente, a consideração[que te falta] se joga pela janela que está aberta.
De toda forma o que é o respeito e a consideração?
O que é pra mim, pode não ser cabível a ti...
Por isso, as portas estarão sempre abertas...mas, cuidado ao pisar novamente na terra que rodeia.
Os intervalos podem ter mudado.
Bruna Oliveira

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

A confiança é a essência da razão.

Mudando a direção,
Talvez na contramão...[ ou não]
Estou aprendendo com a confusão.
Um pedaço não me satisfaz,
Gosto do gosto do inteiro e seus remendos.
Bruna Oliveira

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Desconexo.

Quando aquela que hoje é uma mulher, era apenas uma menina,
Sua razão era dançar ciranda,
Brincar de boneca,
Dedicar-se a gargalhar.
Não existia tempo.
A não ser um horário estabelecido para repousar ,e assim, recarregar suas energias para o dia seguinte, fortalecendo sua tal fase de desenvolvimento.
Mais desenvolver o que?
Incrível como a maioria das coisas que não fossem puramente lúdicas, não faziam o menor sentido.
Hoje o lúdico se escondeu.
O tal desenvolvimento deve tê-lo assustado, porque tudo que a menina que não é mais menina conhecia, tranformou-se em falta de tempo.
Falta tempo para sorrir, amar, ter prazer...
A dedicação transformou-se em obrigação.
Obrigação de ter, de ser, de fazer...
A mulher não sabe ser tão afortunada como a menina foi.
Bruna Sousa

Elixir.

Presente é sentimento sem ventania.
O vento derrubou o castelo que estava sendo construido.
Surgiu desgovernado e sem nenhum aviso.
A maior destruição foi descobrir a fragilidade do coração.Aceitar que enganaram a minha emoção.
O meu saldo é a minha consciência,
Tranquila e serena.
O que eu tinha eu doei.
E assim, fui verdade.
Falsidade é barco furado que não entrarei.
Bruna Sousa

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Um conto.

Ele caminhava em direção à casa da sua .
Ela dobrava a esquina de cabeça baixa contando o troco do seu cigarro.
Trombo perfeito...
Naquele momento eles descobriram que o tempo não tinha os curado de verdade.
Ela nervosa ao levantar a cabeça e perceber que quem estava na sua frente era o homem que ela amou mais do que podia supor ser possível, deixou suas moedas rolarem calçada a baixo.
Ele zonzo do susto, não sabia o que fazer.
Só sentia seu corpo paralisado, o coração querendo rasgar o peito e a boca tão seca que chegava a machucar...
Mas, a perfeição de um olhar bastou para dialogarem.
Foram horas contidas em um único segundo.
Contudo, eles pediram desculpas um ao outro e assim seguiram seus caminhos.[ mais uma vez]
O que eles conversaram com o olhar?
Só o coração deles poderia traduzir.
Palavras que somente o amor houve, entende e sente.
Como diria Da Vinci: Os olhos são as janelas da alma.
Bruna Oliveira

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

É semear.

Essa enxurrada faz latejar.
Vulcão ativo.
Mariposa traiçoeira.
Voa em círculos e como se não bastasse, não vê a luz. [talvez não queira enxergar]
Chorar é grito fácil.
Por favor, alguém pode lhe avisar[ falta- me paciência] o quão cansado os olhos vão ficar e de nada vai adiantar?
Querendo regar a semente, abandona o sal das lágrimas pelo bom adubo da coragem.
Bruna Sousa

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Fulgência.

Subterfúgios é o que há.
Transitam de um lado para o outro.
Incendiando o âmago.
Paralisando os pés,
Acorrentando os sonhos.
Esquece- te a força que tens?
Somente ao guerrear conhecerás o sabor do triunfo.
Dentro de lágrimas e suor verás a face do esplendor.
Apruma-te.
Torna-te altivo!
Tempo de cessar os olhos que não desgrudam do pensamento.
Bruna Sousa

sábado, 7 de fevereiro de 2009

"À noite, Confessos"

O acaso é tão doce,
Surpreendo a minha embriaguês e curo infecção.
Os dias que se tranformaram em anos nos fizeram [me fez] tão bem.
Cultivo o pensamento e quando a terra embebeda-se de toda água e começa a rachar é sempre você que está na distância dos dedos.
Confessei-te até as lágrimas,
As linhas escritas e nunca entregues.
E o que sobrou?
A intensidade do alívio e da descoberta.
De você ouvi [as letras tem som] que sou orgulhosa.
E sorri para manisfestar à questão,
Gosto do meu escudo, sendo o meu mal ou não.
Embora você afirme que ele deva atrapalhar e que eu deveria tratar disto.
Engano seria permitir que meu orgulho fosse minha primeira resposta para o juízo, quanto na verdade é minha bola de cristal revelando o factual.
Remédio para o último diagnóstico[compreendes?]
No fim da noite, tinha a sensação de pluma.
Não importava mais nos versos a barreira que era escuridão e iniciou o diálogo.
Você é mágico ou era apenas seu bom humor e disposição de coração esta noite?
A questão é; raros são os que obtém o espaço da recordação,
Os que transformam paixão em amizade,
bons momentos em suave saudade.
Para o riso, o riso.
Para a dor, a dor.
Nem mais e nem menos.
Se não mais acredito na pureza dos que vem, agradeço a sábia pureza dos que permaneceram.
Depois do divã, eu adormeci em êxtase.
Este texto é para JG.
Bruna Sousa

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

"À noite, Anônimos"

Meu caro amigo JG, se você não tivesse escrito este texto, certamente eu teria escrito...
Faço das tuas palavras à tradução do meu breve momento.


'À noite, Anônimos'
Eu precisava mesmo de uma injeção de ânimo.
Enlouquecer um pouco, perder o controle, [correr], mergulhar!
Do fundo do poço trouxemos à luz uns segredos que soltamos no ar.
“Não importa o fato de ainda sermos anônimos”.
“Amanhã de manhã vou partir... não sabemos nem como nem onde nem quando nossas histórias distintas [novamente] irão se cruzar”
Restou aproveitar o momento,
Dar um gelo no tempo e se entregar.
Registrar cada gesto e sorriso e beijo e abraços.
Aprender novos passos.
“Eu nem sei dançar!”
“Não importa o fato de ainda sermos anônimos”.
“Eu precisava mesmo perder o controle”.
“De uma injeção de ânimo”.
“Não quero acordar”.
By JG.
Postado por Bruna Sousa.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

E eu vou lá...

Um horizonte de mudanças está em minhas mãos.
O coração palpita a todo vapor.
Cheiro de livro novo que contém uma estória cheia de surpresas.
Não tenho como prevê o que me espera, o que vou descobrir, sentir, conhecer...
Mas, dou licença para o acaso se manisfetar em minhas novas horas e surpreender o desejo.

Talvez seja bom,talvez não.

Contudo, será renovador.

Tenho a sensação que em meu corpo o sangue deu lugar a ansiedade,

A cabeça virou um cometa.

Confesso que estou com um certo medo transitando entre os meus pensamentos, mas quem em minha vida se faz presente sabe exatamente as razões.

Aliás, quero expressar todo meu amor e gratidão por todos os que me deram carinho, paz e compreensão.

Tenho sorte por ter cada um em minha vida e reconheço o quão importante é para mim a intensidade dos laços que formamos.

Quando eu vou voltar?

Vai depender do tamanho da estrada,

Pode ser que eu canse no meio do caminho ou que a estrada me leve para o infinito.


Quem vai saber?
Uma hora vou ter a resposta, mas até lá a única certeza é que vou rumar.
E como companhia levo na bagagem do meu coração aqueles que eu amo( família e amigos), e toda a disposição possível.

Bem, o cronômetro foi disparado.

Se alguém por mim perguntar, diz que eu fui logo ali conversar comigo mesma.


Deixo meu até breve recheado de saudades.

Bruna Sousa