quarta-feira, 16 de março de 2011

O que constitui o ser e a natureza das coisas?

Meus pés dançaram em teu corpo e era o nosso prazer.
Mas, agora não pode se mover em qualquer direção que tu estejas.

Não se pode conviver com tanta substância letal que existe em teu desígnio.
Aquela minha tão impressionante paciência se jogou no mais gelado dos pólos.

Tentar se desculpar é ilusão, completamente em vão, logo engula tuas palavras, pois a ti terão mais préstimos.
Meus ouvidos, agora surdos, não dão fé a qualquer sílaba de sua boca proferida.

Os anos não serviram-te.
Apenas um espaço vazio parece ter construído teus dias, teu ser, tua essência.

E nada além do mais é o que me pergunto : O que constitui o ser e a natureza das coisas?

Bruna Sousa

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Deixar partir.

Você nunca esteve presente quando sua ausência não era bem-vinda.
O que para mim era importante, para você era apenas algo.
Seu centro era o que rodeava nossa cama, fatos e atos.
Nada além merecia atenção.

O egoísmo matava diariamente o riso, o ânimo e o meu estímulo.
Sua percepção foi demasiadamente tarde.
Acordar já não importava mais, seus olhos abriram quando meu coração fechou.

Por horas adormeci querendo segurar você.
E minhas mãos apenas soltaram das suas e pra mim você se foi e eu se quer percebir, porque deixei ir e incrivelmente não me causou tanto incômodo assim, já era o meu prenunciado.
Nitrogênio anestesiando minha mente.
A falta do querer me entristece, pois não queria sentir isso por alguém que me foi especial, mas certas coisas fogem ao nosso controle e simplesmente ocorrem.
Como chuva de verão que é possível de prever, mas você acaba sendo pego desprevenido e se resguardar é irrealizável.

Desde que eu te disse que acabou seu esconderijo é o mesmo, mas é casa de abelhas, uma hora você infelizmente vai ser picado e pode ser letal.
Olhe no espelho e encare o seu sentir, deixe fluir e se liberte, pois se aprisionar é apenas retardar o que uma hora ou outra vai queimar sua pele.

Bru Sousa

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Em qualquer lugar o essencial deve nos acompanhar.

No meio de tantas ilusórias possibilidades que tropeçamos na vida, acabamos esquecendo do essencial.
O que importa são aqueles que realmente se importam.
Se importam com o que você sente.
Se importam e abrem mão de si muitas vezes, para ter ver partir ou retornar.
E em todos os momentos seu amor não se dissolve e nem sofre se quer uma fissura.
Por vezes, de tempo em tempos, quem parece não se importar com eles somos nós.
Sem nenhuma intenção ou pretensão, mas desatenção causada por todas as outras movimentações que pela ânsia de viver nos faz cair a uma entrega que no fim so tem um resultado.
Não que eu queira desconsiderar a importância que essa entrega proporciona ao nosso amadurecimento, mas a razão deve ser sim sempre o primeiro comando do coração.

Bruna Sousa