terça-feira, 14 de abril de 2009

Se perco as palavras, sou um nada dentro de mim.

Escrevendo realizo uma profunda jornada dentro de mim.
Limpo o vazio que sufoca e depois corro de volta para o lado de fora.
Porque a cada passo descubro que faz muito calor do lado de cá do que habita em mim.

Chego a ver uma roda gigante descontrolada, desgovernada.
Embora eu prefira ser a impermanência oposta ao habitual, as vezes o coração lateja uma dor de cabeça infernal[ será pulsação ou impulso racional?]

A questão é :a falta do que faz falta.
A falta do acreditar,
Do se entregar,
Do confiar.

Por muito é o que basta permanecer fazendo morada no fundo de mim.

Depois que quebrei o cadeado do meu lar e fui passear em outro silêncio, fiquei sem voz para ecoar o sentimento.

Coloquei cães ferozes protegendo o meu casarão.

Goteja em minha cabeça uma sensação de certeza, ilusão,crença e dúvida.[contraditório não?]
Mas, até uma nova sensação perfurar toda a proteção é assim que florescerá meu abrigo.

Bruna Sousa.

Um comentário:

Renata Paes disse...

Perfeito... hehehe!

mas essa parte... tá demais!

"Depois que quebrei o cadeado do meu lar e fui passear em outro silêncio, fiquei sem voz para ecoar o sentimento.
Coloquei cães ferozes protegendo o meu casarão."

é minha cara, somos duas com o mesmo pensamento!

bjs prima