sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Primeira cena.

Não quero mais me desmentir, a cor deforma.

Buscando o sentido se perde a calma, afoga a alma.

Ainda que tarde o despertar de ver o tempo correr, eu quero a sina da cena.

E sem sair do meu lugar sou a primeira a acenar o adeus deste que poderia ser um poema.

Contrariando o que se vê, a minha boa e companheira contradição entorta o amor.

Mas e daí, a prudência nem sempre é abrigo dos sábios, por isso, o clichê de um tolo pode ser a coragem que falta.

O sossego cansou minha devoção.
E quem se atreve a me dizer do que é feita a perfeição?

O meu pecado é o obvio da sinceridade aparente. Muitas vezes deixar "ser", preocupa o quanto eu posso adivinhar.

Bruna Sousa

Um comentário:

Anônimo disse...

lindamente construído!

"o abismo que é pensar e sentir.." já dizia o poeta...